A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, em reunião, no dia 16/04, a adoção de novos valores para a adição de iodo no sal para consumo humano no Brasil. A faixa aprovada de iodo no sal é de 15mg/kg a 45 mg/kg; atualmente a faixa é de 20 a 60 mg/kg.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 como estratégia de redução do Bócio, doença provocada pela deficiência do iodo no organismo. No entanto, a quantidade de adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, pois o excesso deste nutriente também traz danos à saúde.
A nova faixa foi resultado da avaliação realizada pela Comissão Interinstitucional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo, onde participam representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa, das Vigilâncias Sanitárias Estaduais, do setor produtivo e do International Council for the Control of Iodine Deficiency Disorders/ICCIDD Brasil. Esta avaliação utilizou os dados de monitoramento do teor de iodo no sal, os dados de iodúria existentes, o resultado da ingestão de sal apontada pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para populações onde a ingestão de sal esteja em torno de 10g/dia, a faixa de iodação do sal deve estar entre 20 a 40 mg/kg, segundo a OMS.
Os dados do monitoramento do teor de iodo no sal realizado pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária revelam que o teor médio de iodo é de 35 mg/kg.
De acordo com a Gerente-Geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, as empresas terão 90 dias para se adequar, a partir da publicação da norma no Diário Oficial da União (DOU). “Não deve haver dificuldades neste sentido, já que atualmente a maior parte das amostras coletadas no mercado já estão dentro da nova faixa definida”, explicou Denise.